Conheça os tipos e categorias de Cabeamento de Rede Ethernet

Uma Infraestrutura de Rede bem planejada é fundamental para o desempenho eficiente de sistemas de comunicação em ambientes corporativos e residenciais.

A capacidade de acessar a internet de forma rápida e eficiente, realizar transferências de dados sem interrupções e manter uma comunicação estável são aspectos essenciais para a operação de organizações de todos os tamanhos e setores.

Para assegurar que essas necessidades sejam plenamente atendidas, a escolha adequada do tipo de Mídia de Transmissão é crucial. O tipo de cabo utilizado impacta diretamente a velocidade de Transmissão de Dados e a distância que a rede pode cobrir sem perda de sinal.

Neste artigo, exploraremos os diferentes tipos de cabos de rede disponíveis no mercado, bem como suas aplicações específicas para garantir um ambiente de trabalho conectado e eficiente.

Confira!

Sumário

História do Cabeamento de Rede

A história do cabeamento Ethernet é marcada por importantes avanços tecnológicos que transformaram a conectividade e a comunicação em redes. Concebida por Robert Metcalfe e David Boggs em 1973, a Ethernet surgiu do trabalho conjunto realizado no Xerox PARC.

A criação da Ethernet possibilitou a interconexão de computadores, permitindo a troca de informações e o compartilhamento de recursos, desempenhando um papel crucial no desenvolvimento da internet e das Redes de Computadores como conhecemos hoje.

Reconhecendo o potencial revolucionário da tecnologia Ethernet, a Xerox fez uma parceria estratégica com a Digital Equipment Corporation (DEC) e a Intel. Juntas, essas empresas se dedicaram a criar uma versão padronizada da Ethernet.

Em 1980, o trio lançou as especificações para a Ethernet, que era inicialmente suportada por cabos grossos de cobre do tipo coaxial. Essa primeira categoria de cabos Ethernet ficou conhecida como 10Base5, também chamada de ThickNet, e era utilizada em redes baseadas em mainframes.

Cabos Coaxiais

Um cabo coaxial é composto por dois condutores. O condutor central é um fio rígido de cobre que fica ao centro do cabo, protegido por uma camada de plástico.

Em cima dessa camada protetora, temos uma malha de fios entrelaçados que formam uma proteção eletromagnética ao redor do condutor central.

Enquanto o condutor central transmite os dados, essa malha protege os dados contra interferências eletromagnéticas.

10Base5

O padrão 10Base5, também conhecido como Thick Ethernet ou ThickNet, foi a primeira tecnologia Ethernet desenvolvida e utilizada nas redes de computadores. Esse tipo de cabo foi amplamente utilizado em redes baseadas em mainframes e serviu como uma das primeiras opções para interconectar computadores em uma rede local.

O nome “10Base5” possui significados específicos que descrevem suas características técnicas:

  • 10“: Indica que o cabo pode suportar uma taxa de transmissão de dados de até 10 megabits por segundo (Mbps).
  • Base“: Refere-se ao termo “banda base”, que representa a transmissão direta do sinal digital pelo cabo, em vez de modulação.
  • 5“: Representa a extensão máxima que o cabo pode ter. No caso do 10Base5, a distância máxima de transmissão é de aproximadamente 500 metros.

O cabo 10Base5 era conhecido por ser muito grosso, com cerca de 1 cm de diâmetro. Devido a essa espessura, ele era caro e difícil de instalar, além de apresentar baixa flexibilidade, o que limitava suas possibilidades de uso em determinadas situações.

Uma das principais características do 10Base5 é a topologia de barramento, na qual os computadores são conectados em série ao cabo principal, formando uma linha única de transmissão. Cada computador era equipado com um transceptor, que é o dispositivo responsável por acoplar o nó da rede ao cabo. Esse transceptor era conectado a um conector chamado AUI (Attachment Unit Interface) de 15 pinos, presente nas placas adaptadoras de rede dos computadores.

Apesar de ter sido amplamente utilizado no passado, o padrão 10Base5 tornou-se obsoleto com o avanço da tecnologia e o desenvolvimento de cabos Ethernet mais avançados e eficientes, como os cabos de par trançado e a fibra óptica. Atualmente, não é mais recomendado ou utilizado em novas instalações de redes de computadores, sendo substituído por padrões mais modernos e com melhor desempenho.

10Base2

O padrão 10Base2, também conhecido como Thin Ethernet ou ThinNet, é uma tecnologia de rede Ethernet que utiliza cabos coaxiais para interconectar dispositivos em uma rede local. Esse tipo de cabo foi desenvolvido para suportar taxas de transmissão de dados de até 10 megabits por segundo (Mbps) e foi amplamente utilizado em redes de computadores na década de 1980 e início da década de 1990.

A sigla “10Base2” possui os seguintes significados técnicos:

  • 10“: Indica que o cabo suporta uma taxa de transferência de dados de até 10 Mbps.

  • Base“: Refere-se ao termo “banda base”, que representa a transmissão direta do sinal digital pelo cabo, em vez de modulação.

  • 2“: Representa a extensão máxima que o cabo pode ter. Teoricamente, “2” significaria uma distância máxima de 200 metros. No entanto, na prática, a distância máxima utilizável é de aproximadamente 185 metros.

Uma das principais vantagens dos cabos 10Base2 é o seu diâmetro reduzido, cerca de 0,18 polegadas (aproximadamente 4,7 milímetros), o que os torna razoavelmente flexíveis e fáceis de manusear durante a instalação. Isso permitia a implantação mais conveniente em ambientes onde os cabos precisavam ser flexíveis e discretos.

A topologia mais comum utilizada com os cabos 10Base2 era a topologia de barramento (bus), onde os computadores eram conectados em série ao cabo coaxial principal. Cada computador era conectado ao cabo por meio de um conector chamado BNC (Bayonet Neill-Concelman), que permitia a fácil conexão e desconexão dos dispositivos.

Apesar de sua popularidade no passado, o padrão 10Base2 foi gradativamente substituído por tecnologias mais avançadas e com maior desempenho, como os cabos de par trançado (por exemplo, o padrão 10BaseT) e a fibra óptica. Atualmente, o uso de cabos 10Base2 é raro em novas instalações de redes de computadores, sendo considerado obsoleto e superado por opções mais modernas e eficientes.

Cabos de Par Trançado

Imagem em close-up de um cabo Ethernet cortado, revelando os pares de fios torcidos internos, mostrando o design intrincado e a codificação de cores que facilitam a transmissão eficiente de dados.

O cabo de par trançado é um tipo de fiação em que dois condutores de um único circuito são trançados juntos com o objetivo de melhorar a compatibilidade eletromagnética. A fim de evitar interferências eletromagnéticas (EMI), os cabos de par trançado podem ser blindados. Nas aplicações de comunicação de dados os cabos são classificados quanto a suas características construtivas como x/y TP onde x e y podem ser:

U – Unshielded – cabos sem blindagem;
F – Foiled – cabos com blindagem em folha metalizada;
S – Screened – cabos com blindagem em malha metálica;

A variável x representa a blindagem do cabo como um todo enquanto o y representa a blindagem interna entre os pares. As normas ANATEL definem as blindagens possíveis de acordo com a ISO/IEC 11801, usando as siglas abaixo:

U/UTP: Refere-se a um cabo de par trançado não blindado, ou seja, sem nenhuma camada de blindagem externa ou interna entre os pares de fios.

F/UTP: Refere-se a um cabo de par trançado com blindagem em folha metalizada (foiled) aplicada externamente ao redor do conjunto de pares, mas sem blindagem interna entre os pares de fios.

S/UTP: Refere-se a um cabo de par trançado com blindagem em malha metálica (screened) aplicada externamente ao redor do conjunto de pares, mas sem blindagem interna entre os pares de fios.

SF/UTP: Refere-se a um cabo de par trançado com blindagem em malha metálica (screened) e folha metalizada (foiled) aplicada externamente ao redor do conjunto de pares, mas sem blindagem interna entre os pares de fios.

U/FTP: Refere-se a um cabo de par trançado não blindado externamente, mas com blindagem em folha metalizada (foiled) aplicada internamente entre os pares de fios.

F/FTP: Refere-se a um cabo de par trançado com blindagem em folha metalizada (foiled) aplicada tanto internamente entre os pares de fios quanto externamente ao redor do conjunto de pares.

S/FTP: Refere-se a um cabo de par trançado com blindagem em malha metálica (screened) aplicada externamente ao redor do conjunto de pares e com blindagem em folha metalizada (foiled) aplicada internamente entre os pares de fios.

SF/FTP: Refere-se a um cabo de par trançado com blindagem em malha metálica (screened) aplicada externamente ao redor do conjunto de pares e blindagem em folha metalizada (foiled) aplicada tanto internamente entre os pares de fios quanto externamente.

Os cabos de par trançado também são categorizados de acordo com as especificações de desempenho e qualidade, que variam de acordo com as necessidades de velocidade, distância e outras exigências específicas de cada aplicação:

Categorias 1 e 2

As categorias 1 e 2 de cabos não são mais reconhecidas pela TIA (Telecommunications Industry Association), a entidade responsável pela definição dos padrões de cabeamento. Essas categorias foram utilizadas em instalações telefônicas e os cabos da categoria 2 foram empregados em redes Arcnet de 2.5 megabits e redes Token Ring de 4 megabits. No entanto, não são adequados para uso em redes Ethernet.

Ambas as categorias, CAT1 e CAT2, não foram projetadas para suportar as altas demandas de velocidade e largura de banda necessárias para redes Ethernet modernas. À medida que a tecnologia de redes evoluiu e as exigências de transmissão de dados aumentaram, os cabos de par trançado foram aprimorados e categorizados para melhor atender às necessidades de desempenho.

Categoria 3

A Categoria 3 (CAT3) é um padrão de cabo de par trançado que foi desenvolvido especificamente para uso em redes de computadores. Esse padrão foi certificado para suportar frequências de até 16 MHz, o que o tornou adequado para o uso no padrão 10BASE-T, que é uma das primeiras tecnologias de redes Ethernet com velocidade de 10 megabits por segundo (Mbps) para cabos de par trançado.

Uma das principais diferenças entre os cabos de Categoria 3 e os cabos obsoletos das categorias 1 e 2 é o entrançamento dos pares de cabos. Nos cabos de Categoria 1 e 2, não existia um padrão definido para o entrançamento dos pares, o que resultava em baixa imunidade a ruídos externos e interferências.

Por outro lado, os cabos de Categoria 3 são projetados com pelo menos 24 tranças por metro, o que torna o cabo mais resistente a interferências eletromagnéticas e diafonia, ou seja, o vazamento de sinais entre os pares de fios adjacentes. O entrançamento dos pares ajuda a reduzir a crosstalk, melhorando assim o desempenho da transmissão de dados.

O padrão 10BASE-T utiliza apenas dois pares de fios (do total de quatro pares encontrados em cabos de par trançado) para transmitir dados, o que torna o CAT3 apropriado para essa aplicação. No entanto, o CAT3 não oferece largura de banda suficiente para suportar velocidades de transmissão mais altas, como as encontradas em redes modernas, o que o tornou obsoleto para aplicações atuais de alta velocidade.

Categoria 4

A Categoria 4 (CAT4) é um padrão de cabo de par trançado que apresenta uma qualidade ligeiramente superior em relação à Categoria 3. Esse padrão foi certificado para suportar frequências de até 20 MHz, o que o tornou adequado para uso em algumas redes de computadores que requeriam taxas de transmissão mais altas do que as suportadas pela Categoria 3.

Os cabos de Categoria 4 foram utilizados principalmente em redes Token Ring de 16 megabits por segundo (Mbps) e, em teoria, poderiam ser utilizados em redes Ethernet como uma substituição dos cabos de Categoria 3. No entanto, na prática, isso foi incomum, pois os cabos de Categoria 3 eram mais amplamente disponíveis e atendiam às necessidades da maioria das redes Ethernet na época.

Assim como as categorias 1 e 2, a Categoria 4 não é mais reconhecida pela TIA (Telecommunications Industry Association) e os cabos dessa categoria não são mais fabricados.

Categoria 5

A Categoria 5 (CAT5) é um padrão de cabo de par trançado que foi introduzido em 1995 e desempenhou um papel importante nas redes Ethernet durante muitos anos. Esse padrão de cabo apresenta uma taxa de transmissão de dados de até 100 Mbps (megabits por segundo) e suporta uma frequência de até 100 MHz. Os cabos CAT5 foram amplamente utilizados em redes 10BaseT e 100BaseT, também conhecidas como Fast Ethernet, que foram padrões comuns para redes locais.

Uma das principais vantagens do cabo CAT5 em relação ao seu antecessor, o CAT3, é a capacidade de suportar maiores taxas de transmissão de dados, permitindo uma maior velocidade de comunicação na rede. Além disso, os cabos CAT5 possuem um número maior de tranças por metro em comparação com o CAT3, o que reduz a interferência eletromagnética e melhora o desempenho de transmissão.

O cabo CAT5 foi projetado para transmitir dados, voz e vídeo em distâncias de até 100 metros, tornando-o adequado para a maioria das instalações de redes locais. No entanto, é importante notar que quanto maior a distância de transmissão, maior a probabilidade de degradação do sinal, o que pode afetar a qualidade da transmissão de dados em longas distâncias.

Apesar de ter sido amplamente utilizado no passado, o cabo CAT5 está agora obsoleto e não é mais recomendado para novas instalações devido ao surgimento de tecnologias mais avançadas, como os cabos CAT5e, CAT6, CAT6A e CAT7. Estas categorias de cabos oferecem maiores velocidades de transmissão, maior largura de banda e melhor desempenho de cancelamento de ruído, tornando-os mais adequados para as demandas das redes modernas.

O cabo CAT5 é considerado suscetível a interferências eletromagnéticas, o que pode prejudicar seu desempenho, especialmente em ambientes com muitos dispositivos eletrônicos próximos ou com cabos elétricos de alta potência. Essa suscetibilidade à interferência pode levar a problemas de transmissão e afetar a estabilidade da rede em determinadas situações.

Categoria 5e

A Categoria 5e (CAT5e) é uma evolução do cabo CAT5, sendo um padrão de cabo de par trançado projetado para melhorar o desempenho em relação ao seu antecessor. Essa categoria de cabo possui a capacidade de transmitir dados a uma largura de banda de até 1 Gb/s (Gigabit Ethernet), o que representa uma velocidade dez vezes maior que a do CAT5, permitindo seu uso em redes 100BaseT e 1000BaseT.

Uma das principais melhorias do cabo CAT5e em relação ao CAT5 é a forma mais justa do trançamento dos pares de fios. Essa configuração resulta em um cabo com um número maior de torções por polegada, o que o torna menos suscetível a interferências eletromagnéticas. Essa característica é fundamental para garantir a integridade do sinal de dados em altas velocidades, evitando perdas ou corrupções na transmissão.

A capacidade de transmissão de dados de 1 Gb/s do cabo CAT5e tornou-o amplamente utilizado em redes locais e também em algumas redes de médio porte, como em pequenos escritórios e residências. Ele proporcionou uma melhoria significativa na velocidade de transferência de dados em comparação com o CAT5, permitindo uma maior eficiência nas redes e uma melhor experiência do usuário ao acessar recursos compartilhados e a internet.

No entanto, assim como o CAT5, o CAT5e também está se tornando obsoleto devido aos avanços contínuos na tecnologia de redes. À medida que as demandas por maior largura de banda e velocidades mais altas aumentam, padrões de cabos mais modernos, como o CAT6, CAT6A e CAT7, tornam-se mais adequados para as necessidades das redes atuais e futuras.

Para novas instalações de rede, é recomendado projetar com uma categoria de cabo mais recente, pois isso permitirá que a rede aproveite a tecnologia mais rápida e atual quando necessário. Investir em cabos de categoria superior desde o início é uma maneira de garantir uma rede mais resiliente e preparada para as demandas futuras de transmissão de dados. Além disso, o custo adicional dos cabos de categoria superior é justificado pela melhoria significativa no desempenho e na vida útil da rede.

Categoria 6

A Categoria 6 (CAT6) é uma especificação de cabo de par trançado que representa uma evolução significativa em relação ao CAT5e. Esse tipo de cabo oferece suporte a taxas de transmissão de dados de até 10 Gb/s (Gigabits por segundo) em distâncias de até 55 metros, tornando-o ideal para redes locais de alta velocidade.

Taxa de transferência: Suporta transmissão de dados em velocidades de até 10 Gb/s, dez vezes a velocidade do CAT5e, o que permite uma melhor experiência do usuário em redes de alta demanda, como data centers e ambientes corporativos.

Melhoria no desempenho: O cabo CAT6 possui uma construção mais avançada, com melhorias no entrançamento dos pares de fios e maior separação entre os condutores, reduzindo a interferência eletromagnética e melhorando a qualidade do sinal.

Compatibilidade: O cabo CAT6 é compatível com as tecnologias Ethernet anteriores, como 10BASE-T, 100BASE-TX, e 1000BASE-T, permitindo uma migração suave para redes mais rápidas sem a necessidade de substituir toda a infraestrutura de cabeamento.

Distâncias suportadas: O cabo CAT6 é capaz de transmitir dados a uma velocidade de 10 Gb/s em distâncias de até 55 metros. Para velocidades de 2.5 Gb/s e 5 Gb/s, ele pode alcançar até 100 metros de comprimento de rede.

O cabo CAT6 é amplamente utilizado em instalações de rede que requerem maior largura de banda e desempenho, especialmente em ambientes empresariais onde a demanda por transferência de dados é alta. Ele é ideal para suportar aplicações que envolvem transferência de arquivos grandes, streaming de vídeo em alta definição, videoconferências e outras atividades que exigem uma rede rápida e confiável.

Categoria 6A

A Categoria 6A (CAT6A) é uma evolução do cabo CAT6, projetada para atender às demandas crescentes por maior largura de banda e velocidades de transmissão mais altas em redes de alta performance. Essa categoria de cabo oferece suporte a taxas de transmissão de dados de até 10 Gb/s (Gigabits por segundo) em distâncias de até 100 metros, tornando-o ideal para redes locais de alta velocidade e data centers.

Taxa de transferência: Suporta transmissão de dados em velocidades de até 10 Gb/s em distâncias de até 100 metros, garantindo alta velocidade e baixa latência para aplicações que exigem largura de banda elevada.

Blindagem: O cabo CAT6A é geralmente projetado com blindagem, o que o torna mais resistente a interferências eletromagnéticas (EMI) e reduz a degradação do sinal em ambientes com alto ruído elétrico.

Desempenho de cancelamento de ruído: O CAT6A apresenta um melhor desempenho de cancelamento de ruído em comparação com o CAT6, garantindo uma transmissão de dados mais confiável, especialmente em redes com alta densidade de dispositivos.

Compatibilidade: O cabo CAT6A é totalmente compatível com as tecnologias Ethernet anteriores, como 10BASE-T, 100BASE-TX, 1000BASE-T, e também com o CAT6, permitindo a integração com redes existentes e futuras atualizações de infraestrutura.

O cabo CAT6A é amplamente utilizado em ambientes corporativos, data centers, instalações de educação e outras redes que exigem altas taxas de transferência de dados e desempenho consistente. Ele é especialmente adequado para aplicações que envolvem transferência de grandes volumes de dados, virtualização, streaming de vídeo em ultra-alta definição e outras atividades de alta largura de banda.

Categoria 7, 7A e 8​

Categoria 7 (CAT7), Categoria 7A (CAT7A) e Categoria 8 (CAT8) são categorias de cabos de par trançado de alta performance, projetados para atender às crescentes demandas por velocidades de transmissão mais altas em redes de alta velocidade. Embora nunca tenham sido oficialmente reconhecidas pela TIA, essas categorias de cabos têm ganhado popularidade em algumas regiões, especialmente na Europa.

O cabo CAT7 é projetado para suportar taxas de transferência de dados de até 10 Gb/s a uma frequência de até 600 MHz. Ele apresenta uma construção robusta com quatro pares de cabos entrançados individualmente, além de uma camada de blindagem geral (S/FTP – Foiled and Screened Twisted Pair). Essa blindagem dupla torna o CAT7 altamente imune a interferências eletromagnéticas, garantindo uma transmissão de dados mais estável e confiável.

O cabo CAT7A é uma evolução do CAT7, projetado para suportar taxas de transferência de dados de até 10 Gb/s a uma frequência de até 1000 MHz. Ele também apresenta quatro pares de cabos entrançados individualmente, com blindagem dupla. A principal diferença é o suporte a frequências mais altas, o que permite maiores larguras de banda e taxas de transferência mais rápidas em comparação com o CAT7. O CAT7A é mais adequado para ambientes com alta densidade de dispositivos e altas demandas de largura de banda.

O cabo CAT8 é o mais avançado das três categorias, projetado para suportar taxas de transferência de dados de até 25 Gb/s ou 40 Gb/s (dependendo da especificação) a uma frequência de até 2000 MHz. Ele apresenta quatro pares de cabos entrançados individualmente com blindagem individual para cada par (S/FTP). Essa configuração de blindagem oferece maior proteção contra interferências eletromagnéticas e permite uma transmissão mais rápida e confiável de dados em altas velocidades.

No Brasil, a maioria das redes ainda opera em velocidades de até 1 Gb/s (Gigabit Ethernet), o que é atendido de maneira adequada pelos cabos CAT6. Por esse motivo, as categorias de cabos superiores, como CAT7, CAT7A e CAT8, ainda não são amplamente adotadas no país.

Cabos de Fibra Óptica

O cabo de fibra óptica é um tipo de fiação que faz uso de uma tecnologia de transmissão de dados que utiliza fios de vidro ou plástico para transmitir informações na forma de luz.

A construção do cabo de fibra óptica consiste em uma série de camadas que protegem os fios de vidro ou plástico. A camada externa é geralmente feita de polímero ou PVC para proteger o cabo contra danos causados por impactos, umidade e temperaturas extremas. Logo abaixo da camada externa está uma camada de força que ajuda a suportar a tensão do cabo durante a instalação.

Dentro do cabo, há uma ou mais fibras ópticas que são usadas para transmitir os sinais. Cada fibra é feita de um núcleo de vidro ultrafino que é revestido por uma camada de cladding, que ajuda a refletir a luz de volta para o núcleo para evitar perdas de sinal.

Existem dois tipos principais de fibra óptica utilizados em cabeamento estruturado:

Monomodo

Os cabos de fibra óptica monomodo possuem um núcleo de fibra muito fino, geralmente com diâmetro de 9 µm, que permite a transmissão de um único raio de luz em uma única direção. Esse tipo de cabo é utilizado em redes de longa distância, onde é necessário transmitir sinais de alta velocidade em grandes distâncias.

Os cabos de fibra óptica monomodo são capazes de suportar taxas de transferência de dados de até 100 Gbps e podem transmitir sinais a uma distância de até 40 km sem a necessidade de amplificação.

Multimodo

Os cabos de fibra óptica multimodo, por sua vez, possuem um núcleo de fibra mais espesso, geralmente com diâmetro de 50 µm ou 62,5 µm, que permite a transmissão de vários raios de luz em diferentes direções. Esse tipo de cabo é utilizado em redes de curta distância, como em edifícios ou campus universitários, onde é necessário transmitir sinais de alta velocidade em distâncias mais curtas.

Os cabos de fibra óptica multimodo são capazes de suportar taxas de transferência de dados de até 10 Gbps e podem transmitir sinais a uma distância de até 550 metros sem a necessidade de amplificação.

As principais vantagens da fibra óptica estão diretamente relacionadas à sua excelente performance, com maior alcance, velocidade e imunidade a interferências. Além disso, a fibra óptica é mais segura em ambientes onde existe perigo de incêndio ou explosões, já que não solta faíscas.

No entanto, existem dois aspectos negativos que devem ser considerados: o preço mais elevado em comparação com os cabos de par trançado e a resistência física da fibra óptica, que é mais frágil e pode ser danificada com maior facilidade.

Conclusão

Apesar das diversas opções disponíveis, a escolha do cabo Ethernet mais adequado para cada aplicação dependerá das necessidades específicas de cada rede. É essencial considerar a largura de banda requerida, a distância de transmissão, a densidade de dispositivos e outras variáveis relevantes.

À medida que a tecnologia continua a avançar, novas categorias de cabos Ethernet podem surgir, impulsionando ainda mais a conectividade e a comunicação em rede. É essencial que os profissionais de redes estejam atualizados com as últimas tecnologias para projetar e implementar redes eficientes e resilientes.

Nossa equipe de especialistas em redes está pronta para oferecer as melhores soluções de cabeamento Ethernet, de acordo com as necessidades específicas da sua empresa. Seja para projetos de pequeno ou grande porte, estamos aqui para ajudar!

Entre em contato conosco agora mesmo e descubra como podemos otimizar a conectividade e comunicação em rede da sua empresa. Aproveite as vantagens das últimas tecnologias e garanta um desempenho excepcional para a sua rede.

Compartilhe:
Facebook
LinkedIn
WhatsApp
Comentários
Artigos Relacionados
Sobre o Autor

Acadêmico de Engenharia de Computação na Universidade Estadual de Ponta Grossa, Certificado em Tráfego Pago do Google pela Escola Brasileira de Marketing Digital | Certificado em Cabeamento Estruturado pela CommScope.