Normas Técnicas de Cabeamento Estruturado: a base de uma Infraestrutura de Rede Eficiente

Banner ilustrativo para normas de cabeamento estruturado.

Em um mundo cada vez mais conectado, a Infraestrutura de Rede assume um papel essencial no desempenho e na eficiência das organizações.

Nesse contexto, a implementação de um Sistema de Cabeamento Estruturado torna-se indispensável para garantir uma Transmissão de Dados rápida, segura e de alta capacidade, abrangendo uma ampla gama de dispositivos e aplicações.

O Cabeamento Estruturado consiste em uma abordagem sistemática de organização e padronização dos cabos, conectores e dispositivos presentes em um edifício ou ambiente de trabalho. Essa estruturação inteligente facilita a gestão, a manutenção e futuras expansões da rede, tornando-a mais eficiente e economicamente vantajosa.

Para aproveitar ao máximo os Benefícios do Cabeamento Estruturado, é crucial que a instalação esteja em total conformidade com as Normas Técnicas. Essas Normas de Cabeamento Estruturado estabelecem as melhores práticas que garantem a qualidade, o desempenho e a confiabilidade da Infraestrutura de Rede.

Neste artigo, exploraremos as Principais Normas de Cabeamento Estruturado, permitindo que você compreenda a importância fundamental de segui-las para assegurar uma conectividade eficiente e confiável.

Confira!

Sumário

O que são as Normas Técnicas de Cabeamento Estruturado?

As Normas Técnicas de Cabeamento Estruturado são conjuntos de diretrizes e práticas recomendadas, estabelecidas por organizações nacionais e internacionais.

Estas normas foram desenvolvidas em resposta à necessidade de padronização e integração de Redes de Computadores que se tornam cada vez mais complexas e vitais.

O principal objetivo dessas normas é garantir a qualidade, o desempenho e a confiabilidade das redes de cabeamento, estabelecendo critérios específicos para a instalação, organização e manutenção dos sistemas.

Ao seguir rigorosamente as Normas de Cabeamento Estruturado, as organizações podem contar com uma base sólida para a implementação do Sistema de Cabeamento de Rede.

Estas normas definem requisitos técnicos para a seleção de cabos, conectores, componentes e técnicas de instalação, garantindo que os sistemas atendam às especificações de desempenho necessárias para uma Transmissão de Dados confiável.

As normas também abordam aspectos importantes como a administração, documentação, identificação de cabos e o gerenciamento de mudanças, visando facilitar a gestão e a manutenção contínua dos sistemas ao longo do tempo.

Com a aplicação dessas normas, as organizações podem minimizar erros, reduzir problemas de incompatibilidade e aprimorar a eficiência operacional de suas Redes de Cabeamento Estruturado.

Principais Normas de Cabeamento Estruturado

Nesta seção, vamos abordar as normas mais relevantes no campo do Cabeamento Estruturado, tanto em nível nacional quanto internacional.

Cada uma dessas normas possui características e aplicações únicas, e é essencial entender suas especificidades para garantir a implementação adequada e eficiente dos sistemas de cabeamento.

Existem várias organizações e padrões com os quais o projetista de redes deve estar familiarizado.

Organização Internacional de Normalização (ISO) é a principal entidade que estabelece padrões para sistemas de telecomunicações internacionais.

Em parceria com a Comissão Eletrotécnica Internacional (IEC), que certifica componentes para desempenho elétrico, a ISO desenvolveu a norma ISO/IEC 11801, entitulada “Cabeamento Genérico para Instalações do Cliente”.

Na Europa, o Comitê Europeu de Normalização Eletrotécnica (CENELEC) desenvolveu a norma EN50173, que basicamente regionaliza a ISO/IEC 11801.

De maneira semelhante, o Padrão Australiano/Neozelandês (AS/NZS) criou a AS/NZS 3080, e a Associação Canadense de Normas (CSA) desenvolveu a CSA T529, ambas semelhantes a ISO/IEC 11801 e utilizados em seus respectivos países.

Nos Estados Unidos, o Instituto Nacional de Normas Americanas (ANSI) coordena várias organizações de normalização.

Entre elas estão a Associação da Indústria de Telecomunicações (TIA) e a Aliança das Indústrias Eletrônicas (EIA), que uniram forças para desenvolver padrões de cabeamento para instalações comerciais, criando o padrão ANSI/TIA-568, muito semelhante em escopo ao ISO/IEC 11801.

No Brasil, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) estabeleceu a norma NBR 14565, que é a norma amplamente utilizada em Projetos de Cabeamento Estruturado no país.

Diagrama mostrando a hierarquia das organizações de padronização de cabeamento estruturado, com a ISO no topo, conectando-se a CENELEC (EN50173), AS/NZS (AS/NZS 3080), ANSI (TIA e EIA - ANSI/TIA 568), IEC (ISO/IEC 11801), CSA (CSA T 529) e ABNT (NBR 14565).

No decorrer do processo de elaboração de Sistemas de Cabeamento para Instalações, o projetista tem a liberdade de consultar qualquer um desses padrões conforme a necessidade surgir.

Normas Internacionais

As principais normas internacionais de Cabeamento Estruturado estabeleceram padrões globais na indústria:

ISO/IEC 11801: "Generic Cabling for Customer Premises"

A ISO/IEC 11801 define os requisitos gerais para sistemas de cabeamento em diversos ambientes, incluindo edifícios comerciais, instalações industriais, data centers e residências.

Ela aborda aspectos essenciais como a seleção de cabos, conectores, componentes e técnicas de instalação, além de estabelecer as características de desempenho que o sistema de cabeamento deve cumprir.

Ela é subdividida em seis partes, cada uma focada em um tipo específico de instalação:

  • ISO/IEC 11801-1 – Parte 1: Requisitos Gerais (General Requirements)
  • ISO/IEC 11801-2 – Parte 2: Instalações de Escritório (Office Premises)
  • ISO/IEC 11801-3 – Parte 3: Instalações Industriais (Industrial Premises)
  • ISO/IEC 11801-4 – Parte 4: Residências Unifamiliares (Single-tenant Homes)
  • ISO/IEC 11801-5 – Parte 5: Data Centers (Data Centres)
  • ISO/IEC 11801-6 – Parte 6: Serviços Distribuídos em Edifícios (Distributed Building Services)

ANSI/TIA-568: "Generic Telecommunications Cabling for Customer Premises"

A norma ANSI/TIA-568, por sua vez, tem um escopo muito semelhante à ISO/IEC 11801. Ela estabelece especificações técnicas para cabos, conectores, painéis de interconexão, tomadas de telecomunicações e outros componentes utilizados em sistemas de cabeamento.

Além disso, a ANSI/TIA-568 também aborda as técnicas de instalação, teste e certificação dos Sistemas de Cabeamento.

Ela é dividida em quatro partes:

  • ANSI/TIA-568-D.1 – Norma de Cabeamento de Telecomunicações para Edifícios Comerciais – Requisitos Gerais (Commercial Building Telecommunications Cabling Standard – General Requirements)
  • ANSI/TIA-568-D.2 – Norma de Cabeamento e Componentes de Telecomunicações de Par Trançado Balanceado (Balanced Twisted-Pair Telecommunications Cabling and Components Standard)
  • ANSI/TIA-568-D.3 – Norma de Componentes de Cabeamento de Fibra Óptica (Optical Fiber Cabling Components Standard)
  • ANSI/TIA-568-D.4 – Norma de Cabeamento e Componentes de Coaxial de Banda Larga (Broadband Coaxial Cabling and Components Standard)

Outras Normas

Além das normas que mencionamos, existem várias outras normas internacionais que complementam as melhores práticas para implementação de um Sistema de Cabeamento Estruturado.

Essas normas abrangem uma variedade de aspectos, desde a implementação e operação Sistemas de Gerenciamento de Infraestrutura Automatizados até os requisitos para instrumentos de teste de campo e medições para cabeamento de par trançado balanceado.

Aqui estão algumas dessas normas:

  • ISO/IEC 14763 – Implementação e Operação de Cabeamento de Instalações do Cliente (Implementation and Operation of Customer Premises Cabling)
  • ISO/IEC 18598 – Sistemas de Gerenciamento de Infraestrutura Automatizados – Requisitos, troca de dados e aplicações (Automated Infrastructure Management Systems – Requirements, data exchange and applications)
  • ISO/IEC 30129 – Redes de ligação de telecomunicações para edifícios e outras estruturas (Telecommunications bonding networks for buildings and other structures)
  • ANSI/TIA-569 – Caminhos e Espaços de Telecomunicações (Telecommunications Pathways and Spaces)
  • ANSI/TIA-570 – Norma de Infraestrutura de Telecomunicações Residenciais (Residential Telecommunications Infrastructure Standard)
  • ANSI/TIA-606 – Norma de Administração para Infraestrutura de Telecomunicações (Administration Standard for Telecommunications Infrastructure)
  • ANSI/TIA-607 – Ligação e Aterramento Genéricos de Telecomunicações para Instalações do Cliente (Generic Telecommunications Bonding and Grounding for Customer Premises)
  • ANSI/TIA-862 – Norma de Infraestrutura de Cabeamento Estruturado para Sistemas de Edifícios Inteligentes (Structured Cabling Infrastructure Standard for Intelligent Building Systems)
  • ANSI/TIA-942 – Norma de Infraestrutura de Telecomunicações para Data Centers (Telecommunications Infrastructure Standard for Data Centers)
  • ANSI/TIA-1005 – Norma de Infraestrutura de Telecomunicações para Instalações Industriais (Telecommunications Infrastructure Standard for Industrial Premises)
  • ANSI/TIA-1152 – Requisitos para Instrumentos de Teste de Campo e Medidas para Cabeamento de Par Trançado Balanceado (Requirements for Field Test Instruments and Measurements for Balanced Twisted-Pair Cabling)
  • ANSI/TIA-1179 – Norma de Infraestrutura de Telecomunicações para Instalações de Saúde (Healthcare Facility Telecommunications Infrastructure Standard)
  • ANSI/TIA-4966 – Norma de Infraestrutura de Telecomunicações para Instalações Educacionais (Telecommunications Infrastructure Standard for Educational Facilities)
  • BICSI 001 – Instalações Educacionais (Educational Facilities)
  • BICSI 002 – Projeto de Data Center (Data Center Design)
  • BICSI 003 – Modelagem da Informação (Building Information Modelling)
  • BISCI 004 – Saúde (Healthcare)
  • BISCI 005 – Sistema Eletrônica de Segurança (Electronic Security System)
  • BICSI 006 – Sistema de Antena Distribuida (Distributed Antena System)
  • BICSI 007 – IoT/Edifícios Inteligentes (Internet of Things/Intelligent Building)
  • BISCI 008 – Wi-Fi/WLAN (Wireless Local Area Network)
  • BISCI 009 – Operações de Data Center (Data Center Operations)

Normas Nacionais

No Brasil, a indústria de Cabeamento Estruturado segue normas nacionais específicas que estabelecem diretrizes técnicas e práticas recomendadas para a implantação de infraestruturas de rede confiáveis e eficientes. Essas normas são fundamentais para garantir a qualidade e a eficiência dos sistemas de cabeamento no país.

As normas nacionais são desenvolvidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

A ABNT desenvolve as normas brasileiras com base nas normas internacionais ISO e ANSI, mas as adapta para atender às necessidades e requisitos específicos do Brasil.

Essa adaptação garante que as normas sejam relevantes e aplicáveis ao contexto brasileiro, levando em consideração fatores como o clima, a infraestrutura existente e as práticas de trabalho locais.

NBR 14565: "Cabeamento Estruturado para Edifícios Comerciais"

A NBR 14565 é a norma brasileira que estabelece os critérios para a Infraestrutura de Cabeamento Estruturado em edifícios comerciais, baseando-se na ISO/IEC 11801.

Essa norma define a estrutura e a configuração mínima necessária para um Sistema de Cabeamento Estruturado. Ela define as interfaces para as tomadas de telecomunicações (TO), os requisitos de desempenho para enlaces e canais individuais de cabeamento, e as distâncias mínimas e máximas que devem ser observadas.

Além disso, a norma detalha os procedimentos de verificação e conformidade para garantir que o sistema atenda aos padrões estabelecidos.

A norma define que os elementos funcionais do Sistema de Cabeamento Estruturado são:

  • Distribuidor de Campus (CD);
  • Distribuidor de Edifício (BD);
  • Distribuidor de Piso (FD);
  • Backbone de Campus;
  • Backbone de Edifício;
  • Cabeamento Horizontal;
  • Ponto de Consolidação (CP – opcional);
  • Tomada de Telecomunicações (TO).
Diagrama extraído da NBR 14565 mostrando os elementos funcionais de cabeamento estruturado: CD (Cabeamento de Backbone de Campus), BD (Cabeamento de Backbone de Edifício), FD (Cabeamento Horizontal), CP, TO (Tomada de Telecomunicações) e TE (Equipamento Terminal), incluindo o patch cord da área de trabalho.
Figura extraída da seção 6.3.1 da NBR 14565:2019

A norma também aborda a administração e o gerenciamento do sistema de cabeamento, recomendando o uso de sistemas baseados em software para grandes instalações, a fim de garantir a rastreabilidade e a manutenção precisa de todos os componentes do sistema.

Ela estabelece requisitos de desempenho para o cabeamento, que incluem especificações para enlaces permanentes e canais, interfaces para pontos de acesso sem fio, e fornecimento de energia sobre o cabeamento balanceado.

Embora os regulamentos de segurança elétrica e compatibilidade eletromagnética (EMC) estejam fora do seu escopo direto, a norma leva em consideração esses aspectos e fornece recomendações que podem ser úteis para a conformidade com tais regulamentos.

Por fim, a NBR 14565 detalha os procedimentos para a Certificação do Sistema de Cabeamento Estruturado. Estes procedimentos asseguram que a instalação e os componentes do sistema estejam em conformidade com os requisitos estabelecidos, garantindo assim a qualidade e a eficiência da Infraestrutura de Rede instalada.

NBR 16264: "Cabeamento Estruturado Residencial"

A NBR 16264 é a norma técnica brasileira que estabelece os critérios técnicos e diretrizes para a implementação de Infraestruturas de cabeamento estruturado em ambientes residenciais.

Baseada na ISO/IEC 15018, ela orienta a seleção adequada de cabos, componentes e equipamentos de telecomunicações, fornecendo orientações detalhadas para a instalação e configuração de sistemas em residências.

Ela aborda uma variedade de aspectos, incluindo a topologia de cabeamento, as interfaces de conexão, a organização e gestão dos pontos de terminação, além das medidas de desempenho dos canais de comunicação.

O objetivo desta norma é proporcionar uma base técnica sólida para a criação de redes domésticas robustas, seguras e preparadas para suportar as demandas atuais e futuras de conectividade.

NBR 16521: "Cabeamento Estruturado Industrial"

NBR 16521 é a norma brasileira que estabelece os critérios específicos para o Cabeamento Estruturado em Ambientes Industriais.

Ela abrange desde a seleção de cabos, conectores e componentes resistentes às condições industriais até as diretrizes de instalação para garantir a confiabilidade das redes de comunicação.

Além disso, ela define uma estrutura de configuração adaptada para instalações industriais, onde a tecnologia da informação deve suportar funções de monitoramento e controle de processos.

Ela inclui requisitos adicionais que refletem a variedade de ambientes operacionais encontrados nessas instalações, garantindo a compatibilidade e o desempenho do sistema de cabeamento mesmo em condições desafiadoras.

NBR 16665: "Cabeamento Estruturado para Data Centers"

NBR 16665 é a norma brasileira que estabelece os critérios específicos para o Cabeamento Estruturado em ambientes de Data Centers.

Essa norma era originalmente uma seção integrante da NBR 14565, que abordava o Cabeamento Estruturado tanto para Edifícios Comerciais quanto para Data Centers. No entanto, na última revisão (2019), a seção referente a data centers foi extraída da NBR 14565 e transformada na nova norma NBR 16665.

A NBR 16665 detalha os elementos funcionais – os principais pontos de conexão e cabeamentos que devem estar presentes em um projeto de cabeamento de data centers.

Estes incluem os pontos de conexão, os distribuidores e o datacenter, identificados como MD (distribuidor principal), ID (distribuidor intermediário), HD (distribuidor horizontal), LDP (ponto de distribuição local) e EO (tomada de equipamento).

Diagrama ilustrando um sistema de distribuição de rede conforme a NBR 16665, com componentes rotulados ENI, MD, HD, LDP, EQP conectados por linhas que indicam fluxo, com rótulos adicionais incluindo Distribuidor (CD, BD, FD), Subsistema de cabeamento de acesso à Rede, Backbone, Horizontal, Cordão de Equipamento.

Para o cabeamento estruturado em edifícios comerciais, a norma de data centers recomenda que, para o cabeamento de par metálico par trançado, a categoria mínima recomendada é 6A. Para fibras ópticas, o cabeamento óptico mínimo recomendado é multimodo do tipo OM4.

A imagem exibe uma representação em 3D de um conector Multi-fiber Push On (MPO), utilizado para cabeamento de fibra óptica de alta densidade e alta velocidade.

A NBR 16665 inclui dois anexos. O Anexo A é um anexo informativo que discute o uso de alta conexão de alta densidade com cabeamento de fibra óptica, especificamente falando dos conectores padrão Multi-fiber Push On (MPO).

O Anexo B é o anexo normativo que aborda as melhores práticas para o projeto e instalação da infraestrutura de data centers. Este anexo contém várias recomendações de boas práticas, não apenas para o cabeamento, mas também para outras áreas críticas da infraestrutura de datacenter.

NBR 16415: "Caminhos e Espaços para Cabeamento Estruturado"

NBR 16415 é a norma brasileira que estabelece os requisitos para a instalação adequada dos cabos.

Esta norma define os tipos de caminhos, tais como eletrocalhas, eletrodutos e canaletas além de fornecer diretrizes detalhadas para a instalação e organização de cabos em edificações.

Variedade de bandejas de cabos para cabeamento estruturado conforme a norma NBR 16415;
Eletrocalhas
Variedade de eletrodutos para cabeamento estruturado conforme a norma NBR 16415, incluindo tubos rígidos de metal, tubulação flexível amarela não metálica, conduíte preto de PVC e dutos flexíveis corrugados.
Eletrodutos
Variedade de canaletas para cabeamento estruturado conforme a norma NBR 16415;
Canaletas

Ela aborda aspectos como a segurança, a compatibilidade eletromagnética e os requisitos ambientais que devem ser considerados durante a instalação.

A NBR 16415 influencia a alocação de espaço dentro dos edifícios, tanto em construções monousuário quanto multiusuário.

Ela garante que os sistemas de cabeamento sejam implementados de forma eficiente e segura, sem comprometer a integridade estrutural ou a funcionalidade dos espaços destinados às telecomunicações.

Por fim, a norma fornece exemplos e recomendações para a ocupação de eletrodutos e eletrocalhas, dimensionamento de prumadas e sistemas corta-fogo.

Quais Normas devem ser Seguidas?

Embora existam diversas normas desenvolvidas por várias organizações, todas elas compartilham o objetivo comum de estabelecer diretrizes e requisitos técnicos para a implementação adequada e o desempenho eficiente da Infraestrutura de Cabeamento Estruturado.

Ao planejar e implementar um Projeto de Cabeamento Estruturado, é crucial considerar se existe uma norma nacional específica para o país em questão. Tais normas levam em conta fatores como padrões de construção, normas elétricas e requisitos de segurança que são pertinentes para a localização específica.

Portanto, é de suma importância que os profissionais contratados para tais projetos estejam bem familiarizados e atualizados com as normas nacionais e as utilizem como base para seus projetos de cabeamento estruturado.

Ao mesmo tempo, o projetista deve ter ciência das normas internacionais mais relevantes, utilizando-as como referências complementares para garantir um desempenho eficiente e uma abordagem abrangente ao projeto.

Certificação de Rede

A Certificação de Rede é um processo essencial que assegura a funcionalidade adequada da Infraestrutura de Rede e sua aderência aos padrões definidos pelas normas técnicas.

Este processo envolve uma série de testes rigorosos realizados em cada componente físico da rede, incluindo cabos, conectores e painéis de patch.

O objetivo desses testes é verificar se todos os componentes da rede estão funcionando corretamente e se estão em conformidade com as especificações técnicas estabelecidas pelas normas.

A Certificação de Rede não só valida a integridade e a eficiência da Infraestrutura de Rede, mas também identifica quaisquer problemas potenciais que possam afetar o desempenho da rede no futuro.

Isso permite que as organizações resolvam os problemas antes que eles causem interrupções ou degradação do serviço.

Principais Benefícios de um Sistema de Cabeamento Estruturado

A implementação das normas de cabeamento estruturado oferece uma série de vantagens significativas para as organizações. Ao aderir a essas diretrizes técnicas e melhores práticas, é possível obter:

  1. Confiabilidade: As normas asseguram que a infraestrutura de rede seja projetada e implementada de maneira confiável, minimizando o risco de falhas e interrupções na transmissão de dados.

  2. Desempenho: As especificações precisas estabelecidas pelas normas garantem um desempenho de rede superior, possibilitando uma transmissão de dados rápida e estável.

  3. Padronização: Com as normas, há uniformidade na instalação e organização dos cabos e dispositivos, facilitando a manutenção e futuras expansões da rede.

  4. Interoperabilidade: A aplicação das normas assegura a compatibilidade entre os diferentes componentes e sistemas, permitindo a integração eficaz de equipamentos de vários fabricantes.

  5. Redução de Custos: Com uma infraestrutura bem planejada e organizada, os custos de manutenção e resolução de problemas são reduzidos, resultando em economia a longo prazo.

  6. Gestão Simplificada: As normas abordam a administração, documentação e identificação de cabos, facilitando a gestão contínua e o controle do sistema de cabeamento.

  7. Adaptação às Tecnologias Futuras: Ao seguir as normas atualizadas, a infraestrutura fica preparada para suportar as novas tecnologias e demandas futuras de conectividade.

  8. Segurança: A implementação adequada das normas contribui para a segurança da rede, protegendo os dados e minimizando riscos de violações e ataques cibernéticos.

As Normas de Cabeamento Estruturado fornecem uma base sólida para a construção de uma Infraestrutura de Rede eficiente, confiável e preparada para enfrentar os desafios tecnológicos do presente e do futuro. Portanto, a adoção dessas normas é um passo crucial para qualquer organização que busca otimizar sua infraestrutura de rede.

Conclusão

Em conclusão, nós vimos que as Normas de Cabeamento Estruturado são indispensáveis para qualquer organização que deseja manter uma infraestrutura de rede de alta qualidade, confiável e preparada para os desafios tecnológicos futuros.

A adoção dessas normas resulta em uma infraestrutura de rede padronizada, segura e eficiente, com redução significativa dos custos de manutenção e resolução de problemas.

Isso permite que as organizações se concentrem em suas atividades principais, sem se preocupar com falhas na rede de comunicação.

A imagem mostra um close-up de um switch de rede, com vários cabos Ethernet conectados às suas portas. O foco está na tecnologia e na conectividade, destacando a infraestrutura física que permite a comunicação em rede. Os cabos estão organizados e etiquetados, indicando uma configuração de rede bem gerenciada. Essa imagem é relevante para ilustrar equipamentos de rede em uso, essenciais para a conectividade de internet e intranet em diversos ambientes, como escritórios ou data centers.

Na A3A Engenharia de Sistemas, somos especialistas em Cabeamento Estruturado e estamos comprometidos em fornecer soluções confiáveis e em conformidade com as normas estabelecidas. Nossa equipe de profissionais certificados possui o conhecimento e a experiência necessários para garantir a excelência em todos os projetos.

Nossa equipe certificada está pronta para apoiá-lo desde o planejamento até a implementação do seu Projeto de Cabeamento Estruturado. Trabalhamos em estreita colaboração com nossos clientes, compreendendo suas necessidades e oferecendo soluções personalizadas de alto valor agregado.

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Referências Bibliográficas
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Sobre o Autor

Acadêmico de Engenharia de Computação na Universidade Estadual de Ponta Grossa, Certificado em Tráfego Pago do Google pela Escola Brasileira de Marketing Digital | Certificado em Cabeamento Estruturado pela CommScope.